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Revista FONAMEC

- Rio de Janeiro, v.1, n. 1, p. 273 - 285, maio 2017

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zar um amplo sistema de ensino elementar ou primário, para

o qual, aliás não se tinha pessoal docente, uma vez que o

ensino secundário não estava suficientemente desenvolvido.

Esta situação é análoga àquela em que se encontravam os

Estados europeus modernos quando começaram a organizar

o ensino.

O Estado ainda sofre as consequências desta escolha de formar ho-

mens: o ensino elementar ficou esquecido, e no momento atual o Estado

é chamado para capacitar seus homens, servidores, e técnicos, para se

alinharem ao mundo que se globaliza e se informatiza em decorrência dos

processos sociais dinâmicos que contribuem para que as pessoas sem a

educação elementar necessária assimilem as informações do que aconte-

ce no mundo, de forma violenta e distorcida da realidade.

Educar os colaboradores do Estado, para Justiça Restaurativa, atra-

vés de práticas restaurativas com enfoque à metodologia dos círculos de

paz, sair da educação mecânica e tecnicista, para um método mais huma-

nista, que produz pessoas mais completas, através da escuta empática

e o respeito, desenvolver forças criativas nos indivíduos conectando-os

uns com os outros, abrindo-lhes para aspectos mais amenos e instrutivos

dentro de uma sociedade fria e individualista.

Uma educação meramente científica transforma o educando em

mero instrumento; deixa-o estranho à beleza, afasta-o da sabedoria. A

Educação está relacionada através da herança moral, que aprenderemos

nos relacionando com as pessoas em comunidades, no conhecimento in-

telectual e estético da raça humana. Temos muito a aprender, para al-

cançarmos o controle tanto de nós mesmos como do mundo exterior.

Isso significa escolhermos o melhor como associado do nosso corpo e do

nosso espírito; significa aprendermos a adicionar a cortesia à cultura, a

sabedoria ao conhecimento e a indulgência a compreensão é o caminho

que nos leva a cultura dos círculos de paz, que nos remete aos costumes

de nossos ancestrais.

É certo que à medida de crescimento da civilização torna o processo

mais complexo e nossa capacidade física mais limitada, diante da deman-

da que nos é exigida diariamente, todavia a mudança é necessária para

nossa sobrevivência, para que sejam atendidas as necessidades judiciais

e do coletivo.