Revista FONAMEC
- Rio de Janeiro, v.1, n. 1, p. 94 - 110, maio 2017
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possibilidades, do seu adversário. Tavares (2012) ressalta que foi ele quem
primeiro definiu a expressão “jogos de estratégia” e publicou alguns tex-
tos sobre jogos de dois participantes com três ou cinco estratégias.
Assim, ainda conforme desenvolve Azevedo (2013), essa ideia mos-
tra-se essencial para análise da Teoria dos Jogos, ao citar que: “um joga-
dor (ou parte) baseia suas ações no pensamento que ele tem da jogada do
seu adversário que, por sua vez, baseia-se nas suas ideias das possibilida-
des de jogo do oponente”. Ou seja, seria uma argumentação
ad infinitum.
O objetivo de Borel foi determinar a existência e a possibilidade de
encontrar uma estratégia ótima que levaria à vitória do jogador.
No processo evolutivo da teoria em análise, tambémmerece desta-
que o matemático John von Neumann, que através de sua obra direciona-
da à economia preocupou-se em afirmá-la como uma ciência exata.
Ressalta Almeida (2003) que esse matemático publicou trabalhos
desde 1929 sobre a Teoria dos Jogos, mas foi em 1944 que se consagrou
com sua obra maior, Theory of Games and Economic Behavior, a qual foi
escrita em conjunto com Oskar Morgenstern. Nessa obra, problemas típi-
cos do comportamento econômico puderam ser analisados como jogos
de estratégia.
Neumann desenvolveu diversos conceitos básicos, tais como o de
minimax/maximin e de jogos de soma zero, todos baseados e voltados
para a competição. É o que Abrantes (2004, p.56 e p.73) explica:
Escolhe-se a estratégia do “maximin” (maximização do ga-
nho mínimo) oposta pela estratégia do “minimax” (minimi-
zação do ganho máximo) pela qual se deverá posicionar o
adversário. O resultado de cada combinação de estratégias,
por dois jogadores ou empresas é chamado ganho).
O dilema do prisioneiro é um jogo, de soma nula. Neste jogo,
existe uma espécie de vasos comunicantes entre as acções
dos jogadores, onde o ganho de um, depende do prejuízo de
outro(s). Em geral, a solução escolhida como solução óptima,
é associada a tomada de acções, porque nenhum dos jogado-
res pode ser recompensado por um desvio qualquer do curso
das acções, pelo risco que tal comportamento não favoreça
os outros adversários.