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Revista FONAMEC

- Rio de Janeiro, v.1, n. 1, p. 94 - 110, maio 2017

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para a sua construção. Como dito, foi responsável pela afirmação da eco-

nomia como ciência exata, nos seguintes termos:

Essa noção econômica foi introduzida na teoria de John von

Neumann, na medida em que toda a sua teoria é voltada a

jogos de soma zero, i.é, aqueles nos quais um dos competido-

res, para ganhar, deve levar necessariamente o adversário à

derrota. Não obstante John von Neumann, para fundamen-

tar que todos os jogos de várias pessoas podem ser reduzidos

a jogos de duas pessoas, ter considerado o papel da comuni-

cação entre os envolvidos (para produzir coalizões e garantir

que cada jogo possa ser transformado em jogos de duas pes-

soas), sua teoria é totalmente não-cooperativa.

Observa-se que a ideia de competição era a base estratégica para o

comportamento humano.

Foi o matemático John Forbes Nash, ao romper com o paradigma

da economia, que trouxe a ideia de cooperação como possibilidade de

maximizar ganhos individuais.

Depreende-se da análise de Tavares (2012, p.12) que:

John Nash mostrou que, mesmo sob o prisma das hipóte-

ses da teoria neoclássica, a interação entre indivíduos pode

possibilitar o alcance de seus objetivos individuais, ou seja, o

alcance de um resultado estável, em que nenhum dos joga-

dores teria incentivo para se desviar dele.

Dessa forma, enquanto Neumann evidenciava a ideia de competição,

John Nash inovou com o elemento cooperativo na Teoria dos Jogos, que,

para ele, não seria incompatível com o pensamento de ganho individual.

Convém trazer à baila, a explicação trazida por Azevedo (2013,

p.55) sobre o já citado “Dilema do Prisioneiro” para que se possa ilustrar

e entender quando é mais vantajoso cooperar ou competir:

O dilema consiste na situação hipotética de dois homens, sus-

peitos de terem violado conjuntamente a lei, são interroga-

dos simultaneamente (e em salas diferentes) pela polícia. A