Na sexta-feira (13), a diretora-geral da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), desembargadora Cristina Tereza Gaulia, doutora em Direito pela Universidade Veiga de Almeida (UVA), ministrou aula sobre “Direitos humanos, racismo e gênero – perspectivas histórico-sociológicas da Justiça no Brasil” presencialmente na Universidade de Bremen, na Alemanha.

Na ocasião, ao lado do professor Ricardo Borrmann, doutor em História Cultural pela Universidade de Munique, a magistrada apresentou um documentário sobre a Justiça Itinerante, produzido em 2021, com direção, roteiro e edição de Pedro Murad.

Documentário Justiça Itinerante

Com narração da diretora-geral da EMERJ, o média-metragem apresenta o dia a dia dos atendimentos do programa Justiça Itinerante.

“Há um contingente enorme de pessoas que têm seus direitos desprotegidos, suas garantias desconsideradas e que não tem acesso à Justiça no Brasil. Muitas pessoas não entram nos Fóruns por estarem de chinelo. Muitas, por morarem distante, não têm dinheiro para pagar passagem. Foi a partir disso que nasceu a Justiça Itinerante”, explicou a desembargadora Cristina Gaulia no documentário.

O programa

Idealizado pela diretora-geral da EMERJ, coordenadora do programa por 16 anos, o Justiça Itinerante tem como objetivo levar juízes e membros do Ministério Público e da Defensoria Pública ao encontro dos cidadãos que têm dificuldades de acesso à Justiça e às plataformas digitais.

Os postos de atendimento da Justiça Itinerante atendem, com calendário regular, a municípios emancipados, sem comarca instalada; municípios com comarcas, porém com grande densidade demográfica; municípios com grande extensão territorial; e comunidades pacificadas na cidade do Rio de Janeiro.

O programa busca, ainda, encontrar soluções conciliadas como fórmula de pacificação social eficiente; a regulamentação documental dos cidadãos; a integração dos juízes às comunidades, o que promove a mudança de relacionamento entre a sociedade civil e o Poder Judiciário; e a modernização da prestação jurisdicional.

Universidade de Bremen

Com mais de 20 mil alunos, a Universidade de Bremen oferece cerca de 100 programas de mestrado e bacharelado, bem como o exame estadual de Direito. Na instituição, 2.300 cientistas (43% mulheres), incluindo 270 professores (32% mulheres), ensinam e pesquisam uma vasta gama de assuntos. 

A Universidade realiza pesquisas em muitas áreas, tanto em grupos interdisciplinares quanto em pesquisas individuais, juntamente com os institutos de pesquisa locais e parceiros de cooperação, formando o principal centro de pesquisa no noroeste da Alemanha. Os cientistas de Bremen estão procurando respostas para as questões futuras das sociedades de hoje: os oceanos e o clima global; o futuro da produção industrial; os conflitos sociais dos modernos estados de bem-estar; as interfaces entre tecnologia digital e pessoas; e justiça no sistema de saúde. 

16 de janeiro de 2022

Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)