A Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) promoveu nesta segunda-feira (29) a 63ª reunião do Fórum Permanente de História do Direito, com o encontro “Arte Sacra e Direito”.
O evento, realizado em parceria com o Núcleo de Pesquisa em Direito Comparado (NUPEDICOM), aconteceu presencialmente no Auditório Desembargador Paulo Roberto Leite Ventura, com transmissão via plataforma Zoom.
Abertura
O presidente do Fórum, desembargador Carlos Gustavo Direito, coordenador do NUPEDICOM e doutor em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destacou na abertura do encontro: “Na medida dessa visão romanista que nós trouxemos numa cultura classicista da interpretação do Direito Romano, eu pensei em um tema que nós trouxéssemos o Direito, mas sem trazer grandes e juristas e sim historiadores, pensadores e filósofos ligados a Arte Sacra, tão importante para a formação da nossa cultura brasileira”.
Palestrantes
O padre Robson Cristo de Oliveira, coordenador da Comissão Arquidiocesana de Arte Sacra e capelão da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, afirmou: “O Direito é uma ordem normativa, com sentido de garantir a paz social e a boa convivência. Partindo dessa premissa, podemos afirmar que o Direito e a arte podem se entrelaçar para trazer a juristas um viés mais humanista, e ao mesmo tempo crítico, uma vez que a arte é uma expressão da natureza humana. Podemos dizer que o operador do Direito é um cientista social, visto que em sua prática serão sempre utilizadas várias habilidades de interdisciplinaridade”.
“Em primeiro lugar, precisamos o que é barroco? O que é barroco enquanto conceito? O barroco é um campo muito amplo e que já foi visitado por diversos intelectuais teóricos das mais diversas áreas de ciências humanas. E o barroco pode ser interpretado, justamente por ter essa característica desse campo multifacetado, existem inúmeras possibilidades de olhares para esse grande grupo que podemos chamar de conceito do barroco”., frisou Lydia de Carvalho Coelho, professora do Laboratório de História das Experiências Religiosas da UFRJ e mestra em Arqueologia pela UFRJ.
Sílvia Barbosa Guimarães Borges, professora do Departamento de História e Teoria da Arte da Escola de Belas Artes da UFRJ e doutora em História e Crítica da Arte pela UFRJ, encerrou com a indagação: “Onde reside a sacralidade de nossos objetos? Não no sentido literal, mas sacralidade no sentido metafórico quando tornamos nossos objetos de análises rígidos e os fixamos em um pantheon inquestionável, não suscetível a críticas e questionamentos?”.
Demais participantes
Também compuseram a mesa do encontro a desembargadora Renata França e Dom Mauro Maia Fragoso, monge e diretor de patrimônio do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro e doutor em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Assista
Para assistir na íntegra, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=NbBockMEx6g
Fotos: Maicon Souza
29 de abril de 2024
Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)