Pular para conteúdo
EMERJ

Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro

ícone da bandeira que traduz para o idioma Espanhol ícone da bandeira que traduz para o idioma Francês ícone da bandeira que traduz para o idioma Inglês ícone da bandeira que traduz para o idioma Português
Facebook da EMERJ Instagram da EMERJ Youtube da EMERJ Flickr da EMERJ TikTok da EMERJ Spotify da EMERJ logo Threads  LinkedIn da EMERJ
Imagem da Fachada da EMERJ

Magistrados

Magistrados

Eventos

Eventos

Cursos Abertos

Cursos Abertos

Publicações

Publicações

Portal do Aluno

Portal do Aluno

Concursos EMERJ

Concursos EMERJ

EMERJ Virtual

EMERJ Virtual

Núcleos de Pesquisa

Núcleos de Pesquisa

Fale Conosco

Fale Conosco

ES | FR | EN | BR
 
Fale Conosco
Facebook da EMERJ Instagram da EMERJ YouTube da EMERJ Flickr da EMERJ TikTok da EMERJ Spotify da EMERJ logo Threads  LinkedIn da EMERJ

EMERJ realiza evento “Crime de Tráfico de Animais Silvestres e Demais Crueldades”.

Ícone que representa audiodescrição

Nesta terça-feira (21), o Fórum Permanente de Pós-Humanismo e Defesa dos Animais Cláudio Cavalcanti da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), promoveu o evento “Crime de Tráfico de Animais Silvestres e Demais Crueldades”.

O encontro aconteceu presencialmente, no Auditório Desembargador Paulo Roberto Leite Ventura, e teve transmissão via plataforma Zoom, com tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Abertura

A 7ª reunião do Fórum foi aberta pelo diretor-geral da EMERJ, desembargador Marco Aurélio Bezerra de Melo, membro do Fórum, professor do Programa de Pós-Graduação da Universidade Estácio de Sá (Unesa) e doutor em Direito pela Unesa.

Em seguida, o encontro recebeu o membro do Fórum desembargador André Gustavo Corrêa de Andrade, professor da Unesa e doutor em Direito pela Unesa, que ressaltou: “O tema de hoje é de grande importância ‘Crime de Tráfico de Animais Silvestres e Demais Crueldades é de grande importância , muito ao contrário do que algumas pessoas podem achar não é um tema de menor relevância, ele toca em questões urgentes para a nossa sociedade. O trafego de animais silvestres é uma das práticas mais devastadoras para fauna e vai além da crueldade cometida contra esses seres diretamente afetados, ele também ameaça integridade dos ecossistemas e a sobrevivência de inúmeras espécies e reflete uma lógica de exploração e subjugação que nós infelizmente estamos acostumados a ver na nossa relação com o meio ambiente, que  uma reação, eu diria, muito problemática para dizer o mínim,. Esse tipo de crime nos leva a refletir sobre a nossa postura diante dos outros seres vivos e aqui na perspectiva do pós-humanismo, que está no título do Fórum, que é tão bem trabalhada pelo Fórum nos oferece uma chave importante de reflexão. O pós-humanismo nos convida a repensar nossa relação com os animais, com o meio ambiente e questiona as estruturas de dominação que sempre permitiram que práticas como o tráfico de animal se tornassem tão disseminadas.”

Palestras

Ao realizar sua palestra, o desembargador Marco Aurélio Bezerra de Melo enfatizou: ” Acho que é do conhecimento de todos que em fevereiro foi entregue no Senado Federal uma proposta de revisão do Código Civil, inclusive com a criação de um livro que será o livro de Direito Civil Digital, que hoje não existe. Não é propriamente um novo Código Civil, quem diz isso está totalmente equivocado, é o mesmo Código Civil atualizado.”  E em seguida enfatizou: “A questão do Direito animal não seria diferente, o Brasil está muito atrasado nessa temática. Acho que o Direito animal já seria suficiente para justificar uma revisão no Código, porque no Código Civil hoje está tratado como coisa móvel, semoventes.” E finalizou: “ A comunidade jurídica está preocupada com esse tema, seria muito importante, no meu modo de ver, que essas alterações se fizessem presentes  no Código Civil, pela centralidade que a codificação civil tem no ordenamento jurídico, Miguel Reale dizia que é a constituição do cidadão comum, é onde a gente vai procurar soluções no nosso dia a dia.”

“O tráfico de animais é a terceira maior atividade ilegal do mundo, os animais mais procurados pelo mundo são aves, primatas e cobras e a gente sabe que os animais em extinção valem mais, esses São dados da Rede Nacional do Combate ao Tráfico de Animais Silvestres e a gente verifica que 10% corresponde ao Brasil, o que é muita coisa, são 38 milhões de animais silvestres e com isso se movimenta um capital altíssimo, são 2 bilhões de dólares pelo comércio ilegal desses animais.” E completou “O trafico de animais é o tema central nas políticas publicas ambientais globais. Agora, a gente precisa ter um olhar civil critico, o Código Civil não vai nos auxiliar nisso, o Código Civil está completamente ultrapassado, mas a gente está vendo a mudança no Direito Comparado e os estudos dos processos precisam ser trazidos para arena pública.” pontuou a vice-presidente do Fórum, Lucia Frota Pestana de Aguiar, professora do Programa de Pós-Graduação de Direito (PPGD) da Unesa, da EMERJ e da Escola de Administração Judiciária (ESAJ), membra da Law and Society Association e doutora em Direito pela Unesa.

Na sequência, a reunião recebeu a  juíza titular da 1ª Vara da Comarca de Araruama do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) Alessandra de Souza Araújo, ex-defensora pública da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPERJ) e ex-delegada de Polícia Civil do Estado Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), que proferiu: “Eu consigo enxergar na legislação, datavenha, a interpretação literal do Código Civil a assertiva no sentido de que nosso ordenamento jurídico contempla os animais não como coisa, mas sim como series secientes haja vista que qual é a projeção da legislação que a gente pode fazer uma interpretação sistemática e chegar a conclusão de que animal não é coisa. A gente verifica que os animais estão contemplados em nível constitucional que é a lei maior, no artigo 225. “

“Quando a gente se envolve na defesa do meio ambiente a gente realmente se encanta com isso e se vicia nisso e a gente sabe que está trabalhando para nós mesmos, nós é que somos os grandes beneficiários de tudo que a gente faz em relação ao meio ambiente.” Declarou o advogado criminalista  Wanderley Rebello, professor de Direito Ambiental e mestre em Direito pela Unesa em sua fala.

A defensora pública da DPERJ Ana Lúcia Tavares Ferreira, doutora em Direito penal pela Universidade do estado do Rio de Janeiro (UERJ) destacou em sua palestra: “Uma forma de abordar esse tema é partindo dessa reflexão de como essa causa entra no nosso dia a dia e qual é a nossa postura em relação ela. Se é uma postura de nos colocar no centro e vai pensar nos nossos direitos em relação aos animais ou se a gente vai pensar nos direitos dos animais e em como a gente pode protegê-los.”.

 

 

Assista

Para assistir na íntegra, acesse:   https://www.youtube.com/watch?v=nsL3UeS6Ahg

Fotos: Jenifer Santos

22 de outubro de 2024

Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)