Pular para conteúdo
EMERJ

Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro

ícone da bandeira que traduz para o idioma Espanhol ícone da bandeira que traduz para o idioma Francês ícone da bandeira que traduz para o idioma Inglês ícone da bandeira que traduz para o idioma Português
Facebook da EMERJ Instagram da EMERJ X da EMERJ Youtube da EMERJ Flickr da EMERJ TikTok da EMERJ Spotify da EMERJ logo Threads  LinkedIn da EMERJ
Imagem da Fachada da EMERJ

Magistrados

Magistrados

Eventos

Eventos

Cursos Abertos

Cursos Abertos

Publicações

Publicações

Portal do Aluno

Portal do Aluno

Concursos EMERJ

Concursos EMERJ

EMERJ Virtual

EMERJ Virtual

Núcleos de Pesquisa

Núcleos de Pesquisa

Fale Conosco

Fale Conosco

ES | FR | EN | BR
 
Fale Conosco
Facebook da EMERJ Instagram da EMERJ YouTube da EMERJ Flickr da EMERJ TikTok da EMERJ Spotify da EMERJ logo Threads  LinkedIn da EMERJ

EMERJ realiza evento Narciso e os Demais Personagens do Inconsciente

Ícone que representa audiodescrição

Nesta segunda-feira (4), Fórum Permanente de Diálogos da Lei com o Inconsciente da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), realizou o encontro Narciso e os Demais Personagens do Inconsciente.

O evento aconteceu presencialmente no Auditório Desembargador Paulo Roberto Leite Ventura. Houve transmissão via plataforma Zoom, com tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Abertura

A presidente do fórum e doutora em Direito pela Universidade Veiga de Almeida do Rio de Janeiro (UVA), desembargadora Cristina Tereza Gaulia, destacou: “Os fóruns permanentes são na verdade, espaço de reflexão crítica para pensarmos e conhecermos melhor o que está para além do óbvio. É como bem dizia Darcy Ribeiro, a gente às vezes tende desvelar as obviedades do óbvio. O óbvio tá ali, a gente não enxerga, a gente tem de ver por de trás, por baixo e até no meio. Mas por que nós precisamos, conhecer o que é inconsciente? Porque a ação humana é complexa e nem sempre guiada pela razão consciente e o inconsciente é esse reservatório de desejos, impulsos e experiências reprimidas que exercem uma influência poderosa sobre nossas decisões e ações e essa influência está presente quando se elabora as leis e quando as leis são aplicadas. Por isso e para isso temos algumas ferramentas as nossas disposições e uma delas é a psicanálise, por certo, que em seus diversos vieses e linhas nós levam a um mergulho em nós mesmos para aprimorarmos o autoconhecimento que nos permitirá melhor navegar por mares nunca dantes antes navegados.”

Ao fim da abertura, completou: ”Tem um diálogo muito rico entre a psicanalise e os mitos que nós ajudam a explorara a complexidade da psique humana. Os mitos fornecem um rico material simbólico que vai nos a auxiliar na compreensão dos processos inconscientes e das estruturas de funcionamento da nossa mente e dos sentimentos. O dia de hoje será dedicado somente ao narcisismo, esse padrão de comportamento caracterizado por um sentimento de grandiosidade do sujeito narcisista, e sete que tem uma enorme necessidade de admiração, mas carece de empatia. O mundo atual é um reino narcisista, é o reino das selfies, das postagens, das redes sociais, dos emoticons e emojis, um mundo que incentiva comportamentos narcísicos a toda, em todo tempo e em todo lugar. Finalmente, podemos ser todas celebridades criadas por nós mesmo.”

Palestrantes

O membro do fórum, professor titular da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP) e doutor em Ciências da Comunicação pela USP, Eugenio Bucci, ressaltou: ”Eu creio que a construção imaginaria do eu é fundamental para entendermos o narcisismo e ai eu vou chegar a uma proposição da desembargadora Cristina Gaulia que é o mundo narcisista, ou seja , nós temos que entender que nós não estamos qualificando sujeitos a granel, mas o problema que nos leva a querer discutir esse tipo de assunto é que isso é um estado da cultura ou do mundo. Nós vimemos em uma cultura narcisista.”

E  concluiu:“No caso da comunicação publica nós temos uma distorção de todo tamanho. Se essa vaidade doentia é autorizada pela cultura os aparatos de comunicação publica são postos a serviço dessa vaidade particular. O público é posto a serviço do particular, não é um particular qualquer é um particular como marcação de uma subjetividade desequilibrada pelo narcisismo, ou no narcisismo. Uma cultura narcísica , como a que a gente tá, é uma cultura avessa ao argumento e isso é muito preocupante quando a gente vê o que está em jogo.”

A professora adjunta da Uerj e doutora em psicologia escolar e do desenvolvimento humano pela USP, Maria Luisa Furlin Bampi, pontuou: “A gente precisa pensar as atuais formas de subjetivação da infância, que muitas vezes envolvem a nomeação precoce de traços e personalidades de síndromes clínicas, o que leva a proliferação de diagnósticos como síndrome da criança narcisista para a gente pensar isso. Essa rotulação reflete menos um transtorno consolidado, mas algo que vai dar sentido mesmo de controlar modos de existência infantil que desafiam expectativas normativas de comportamento, autonomia e afeto.”

O membro do fórum e doutor em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) Roger Raupp Rios, reforçou: “Narciso vai vivendo e uma Ninfa se apaixona por ele, Ecos que por ter sido fofoqueira de puladas de cerca dos deuses é condenada, pelos deuses, a não mais poder falar. O interessante é ver essas duas figuras Narciso e a Ecos, o Narciso é o sujeito que não reconhece o outro, só reconhece a si mesmo e ecos é o sujeito que não é reconhecida pelo outro e que não se reconhece, porque só repete os outro. Vejam que é uma grande narrativa da incomunicação que é uma característica da sociedade atual a exponencia, a falta de comunicação. Temos tanta tecnologia e tão pouca comunicação.”

Debatedores

O vice-presidente do fórum e doutor em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Humberto Dalla Bernardina de Pinho, salientou:”É como se o narcisismo deixasse uma marca indelével, é uma tatuagem, algo que não sai, algo que a partir daquela marca vai modificar completamente todo o padrão daquele agente pública.”

A membra do fórum e a doutora em Direito pela doutora em Direito pela Universidade Estácio de Sá (UNESA), Solange Ferreira de Moura, destacou: “Cada vez mais cedo as crianças tem acesso as redes sociais, isso é uma questão seria para os pais e educadores, porque antes dessa personalidade está bem constituída, ela já entre nesse turbilhão, nesse vórtex que muito vai alterando o seu processo de formação e constituição.”

A membra do fórum, psicóloga clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RS) e membra da Escola Brasileira de Psicanálise, Sarita Olga Gelbert, concluiu: ”Eu acho muito interessante a psicanálise e o Direito conversarem porque ambos trabalham com a lei. A psicanalise trabalha com a lei do desejo, mas é lei. Existe uma ideia antiga de que a psicanálise liberava tudo e não é assim. A psicanálise não autoriza o gozo da forma se pensava, a psicanálise trabalha na lei desejo e lei do desejo não é lei do gozo, porque o gozo é capricho, desejo é parcial, é dividido, é o possível.”

Assista

Para assistir na íntegra, acesse:  https://www.youtube.com/watch?v=lNeQ8zAxZ-c

 

Fotos: Jenifer Santos

4 de agosto de 2025

Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)

 

Inclusão do Vlibras