Pular para conteúdo
EMERJ

Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro

ícone da bandeira que traduz para o idioma Espanhol ícone da bandeira que traduz para o idioma Francês ícone da bandeira que traduz para o idioma Inglês ícone da bandeira que traduz para o idioma Português
Facebook da EMERJ Instagram da EMERJ X da EMERJ Youtube da EMERJ Flickr da EMERJ TikTok da EMERJ Spotify da EMERJ logo Threads  LinkedIn da EMERJ
Imagem da Fachada da EMERJ

Magistrados

Magistrados

Eventos

Eventos

Cursos Abertos

Cursos Abertos

Publicações

Publicações

Portal do Aluno

Portal do Aluno

Concursos EMERJ

Concursos EMERJ

EMERJ Virtual

EMERJ Virtual

Núcleos de Pesquisa

Núcleos de Pesquisa

Fale Conosco

Fale Conosco

ES | FR | EN | BR
 
Fale Conosco
Facebook da EMERJ Instagram da EMERJ X da EMERJ YouTube da EMERJ Flickr da EMERJ TikTok da EMERJ Spotify da EMERJ logo Threads  LinkedIn da EMERJ

EMERJ sedia encontro A Sustentabilidade e a Nova Lei de Licenciamento Ambiental

Ícone que representa audiodescrição

Nesta terça-feira (21), o Fórum Permanente de Gestão Pública Sustentável da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) realizou o evento A Sustentabilidade e a Nova Lei de Licenciamento Ambiental.

O encontro aconteceu presencialmente no Auditório Desembargador Paulo Roberto Leite Ventura, com transmissão via plataforma Zoom e tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Coordenação

O coordenador do evento foi o presidente do fórum e especialista em Direito Público pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), desembargador aposentado Jessé Torres, que destacou: “Esse tema é importantíssimo e de um relevo extraordinário que está despertando polêmicas, como tudo que se refere à matéria ambiental. Temos expositores muito experientes no tema, que vão tratar especialmente daquilo que vem sendo objeto de polêmicas no Congresso Nacional.”

Expositores

A membra do fórum e do Fórum Permanente de Direito Ambiental e Climático, advogada, engenheira florestal e doutora em Planejamento Ambiental pela COPPE/PPE/UFRJ, Cristiane Jaccoud, salientou: “Agradeço pelo convite e pela oportunidade e, mais uma vez, destaco o papel da EMERJ, por meio de seus fóruns, promovendo e trazendo ao debate questões tão significativas dentro da seara ambiental. Eu sempre costumo dizer que a EMERJ e o Tribunal de Justiça, ao capitanearem esse debate, contribuem para a qualificação e para a construção de diferentes pontos de vista, fomentando uma reflexão sobre as questões do licenciamento ambiental, que sempre perpassam toda a seara ambiental. Quando o desembargador Jessé Torres me deu essa missão de promover essa reflexão, estávamos na iminência da aprovação do projeto de lei, em julho, com toda a discussão em torno dos vetos e a comoção na mídia.”

O procurador do estado do Rio de Janeiro, procurador-chefe do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e mestre em Direito Civil pela Universidade de Lisboa, Leonardo Quintanilha, relatou: “Algo que foi alterado substancialmente foi a atuação dos órgãos intervenientes, que a lei chama de autoridades envolvidas. Assim, quando um empreendimento afeta terra indígena, é necessário ouvir a Funai; quando atinge a população quilombola, deve-se ouvir o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Uma novidade relevante é que a interveniência passa a ser obrigatória quando a área diretamente impactada do empreendimento afeta bem cultural registrado ou tombado. A ideia anterior era de que isso não seria matéria estritamente ambiental e, portanto, estaria fora do escopo da licença ambiental, sem prejuízo de o Instituto Federal do Amazonas ou, aqui no Rio de Janeiro, o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural exigirem uma manifestação interna. Ou seja, sem prejuízo da tutela do patrimônio cultural, mas, agora, essa matéria passa a estar contemplada na lei.”

O membro do fórum, procurador de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do MPRJ, José Maximino Mota, ressaltou: “É importante recordar que a nossa legislação estadual também possui mecanismos que podem complementar o que está previsto na legislação nacional. A lei traz alguns desafios, pois busca equilibrar múltiplas exigências constitucionais: a simplificação procedimental versus o rigor na proteção ambiental, a uniformização nacional desejada versus o respeito às especificidades regionais, a eficiência administrativa versus a ampla participação social. E apenas um parêntese: embora estejamos falando de avaliação de impacto ambiental, algo semelhante está ocorrendo no Rio de Janeiro com o estudo de impacto de vizinhança.”

A procuradora federal, secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável em Goiás e mestra em Direito Econômico e Socioambiental pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Andréa Vulcanis, pontuou: “Quem é que está olhando, de fato, para os impactos ambientais e fazendo a gestão desses impactos na prática? É isso que nós instrumentalizamos em todo o direito ambiental no Brasil, a partir do comando e controle. Então, talvez esse seja o ponto sobre o qual precisamos refletir de fato e efetivamente: o que estamos construindo como modelo de país e como modelo econômico de desenvolvimento a partir das ações de comando e controle na área ambiental, que vão tangenciando por interpretações de normas e narrativas. E o que está no centro do processo é como o Brasil olha para si mesmo. Em um país em que cada estado é um continente, precisamos compreender que, em um território dessas proporções, não há como ser uniforme, é impossível construir isso. Muitas vezes nos enganamos na perspectiva de que temos uma só língua e nos comparamos com a Europa, onde cada país tem a sua e parecem muito diferentes uns dos outros, mas isso também acontece dentro do nosso território nacional e ainda não conseguimos dar um rumo ao Brasil.”

Assista

Para assistir na íntegra, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=_I8AafunGo0

 

Fotos: Jenifer Santos

21 de outubro de 2025

Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)