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“Foi uma das experiências mais impactantes da minha vida”, diz juiz do 37º Curso Oficial de Formação Inicial de Magistrados em visita ao Degase

Os novos juízes do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) conheceram a Unidade João Luiz Alves, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, nesta sexta-feira (1). A visita técnica é parte da programação do 37º Curso Oficial de Formação Inicial de Magistrados da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ).

“Nenhum livro ou manual, ensina o juiz a ser juiz. Ele precisa, quando vem para uma Vara da Infância Infracional, entender o que é o adolescente infrator, saber a história dele, ter empatia e saber para que lugar vai encaminhar o adolescente, caso aplique uma medida socioeducativa de internação”, ressaltou a juíza Lúcia Glioche, especialista em Direito da Cidade pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Os juízes assistiram às palestras do diretor do Degase, Victor Poubel; do diretor da Unidade João Luiz Alves, Jorge Bonifácio Azevedo Júnior; e da juíza titular da Vara de Execuções de Medidas Socioeducativas do TJRJ, Lúcia Glioche.

“A vinda desses juízes para conhecer, para interagir e respirar um pouco dessa Unidade é muito importante, porque essa experiência, lá na frente, vai ajudar se por ventura eles tiverem que decidir alguma questão. É um prazer estar recebendo-os aqui”, disse Victor Poubel, que há um ano é responsável pelo trabalho socioeducativo no Rio de Janeiro.

Experiência dos novos juízes

Os magistrados conheceram as dependências da Unidade e puderam conversar com os adolescentes que cumprem medidas socioeducativas.

“Foi uma das experiências mais impactantes da minha vida ver a situação dos menores, porque realmente impacta você pensar na idade e no que fizeram para estarem ali”, disse o juiz Nando Machado Monteiro dos Santos, especialista em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Direito Tributário da Universidade de São Paulo (IBDT/USP).

A juíza Aryanna Natasha Porto de Godoi, especialista em Direito Constitucional pela Academia Brasileira de Direito Constitucional, é mãe de um menino de 12 anos. Ela ficou sensibilizada por conhecer os adolescentes: “Olhar nos olhos deles, ver que são vidas, que são pessoas, seres humanos, que estão por trás daqueles processos. A minha esperança é que todos nós que tivemos essa experiência não esqueçamos disso:  que são pessoas por trás daqueles processos e da importância que tem a nossa função dentro dessa realidade, dentro desse sistema”.

“A experiência foi muito enriquecedora, mas um pouco triste, não posso negar. Foi muito bom conversar para entender um pouco a história de vida deles. Eu pude perceber que todos eles vêm de famílias desestruturadas, economicamente hipossuficientes e a maioria deles não teve um pai presente”, destacou a magistrada Ana Paula Gadelha Mendonça.

A juíza da 5ª Vara Cível de Nova Iguaçu Alessandra Ferreira Mattos Aleixo, ressaltou a importância de os novos juízes fazerem visitas externas: “Essas visitas são importantes para criar um vínculo entre os juízes empossados".

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

O juiz Adones Henrique Silva Ambrosio Vieira comentou sobre a aplicação da Lei 8.069/1990, que regulamenta o ECA: “É muito importante para nós que estamos ingressando na magistratura saber das limitações do Estado, porque o ECA traz uma série de diretrizes que têm que ser seguidas, mas na prática o Estado não implementa. Então, é necessário que tenhamos consciência da forma como se dá o sistema, das limitações, para que tentemos ao máximo adaptar aquilo e fazer cumprir a lei”.

A formação

O 37º Curso Oficial de Formação Inicial de Magistrados da EMERJ começou no dia 23 de maio e terminará em 23 de setembro. Os novos conhecimentos adquiridos serão fundamentais para que os novos juízes desenvolvam competências para o exercício crítico acerca do papel do juiz na aplicação efetiva da justiça na sociedade.

 

Foto: Jenifer Santos

 

1º de julho de 2022

Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)