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EMERJ promove roda de conversa sobre o livro “Machado de Assis, abolicionista”

Na tarde dessa quinta-feira (27), a Comissão de Biblioteca e Cultura (COBIC) da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) promoveu o programa cultural “Café Filosófico”, no Salão de Leitura dos Magistrados, na Biblioteca EMERJ/TJERJ Desembargador José Carlos Barbosa Moreira. A roda de conversa abordou o livro “Machado de Assis, abolicionista”, de autoria da professora e colunista Roberta Araújo.

Abertura

Na abertura do encontro, a diretora-geral da Escola, desembargadora Cristina Tereza Gaulia, doutora em Direito pela Universidade Veiga de Almeida (UVA), ressaltou: “Cultura é um fato extremamente importante para a formação dos magistrados, e quanto maior for a expansão do conhecimento para outras áreas, que não seja necessariamente a área jurídica, melhores serão as decisões no país. Mergulhar na obra de Machado é muito surpreendente, cheio de perplexidades, e descobrimos coisas do Brasil e do Rio que não conhecemos. Um homem que soube sobreviver, pois um homem negro naquele momento histórico é uma luz no fim do túnel para aqueles que não acreditam que se pode lutar em qualquer circunstância”.

Roda de conversa

“Machado publicou mais de 600 crônicas, mais de 200 contos e 10 romances, ou seja, uma produção ininterrupta de 50 anos, e isso é um grande feito. Era muito reservado, casou e não teve filhos. Nós precisamos conhecer a história do autor para o inserir no contexto histórico da época, que era de um Brasil escravista. Machado era negro, ascendeu socialmente no meio de brancos, prestigiado por todos”, disse a autora e criadora do canal Justa Causa.

Ela concluiu: “Essa obra foi fruto da minha dissertação. Eu não conhecia a obra de Machado de Assis e meu ponto de partida foi o zero, livre de total julgamento acerca da questão que eu queria demonstrar: Machado de Assis, no Brasil oitocentista, um homem que se posicionou nos seus contos sobre escravidão e abolição? Essa era a principal pergunta que eu precisava responder”.

Debatedores

O desembargador Cezar Augusto Rodrigues Costa, doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), exaltou a obra: “Parabenizo a Roberta pela obra muito vasta sobre um dos maiores artistas literários do mundo e pelas diversas perspectivas ligadas ao Direito”.

“Esse livro foi uma descoberta para quem não tem familiaridade com Direito e Literatura. É uma enorme provocação para todos os advogados”, ressaltou o advogado Luiz Henrique de Oliveira Júnior.

O professor da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) Pablo Dias Fortes, doutor em Saúde Pública pela Fiocruz, discorreu sobre os pré-julgamentos sofridos por Machado de Assis: ”Pelo olhar filosófico, é a reflexão que a Roberta trouxe no livro em dar razão a essa espécie de julgamento, que é como nós retratamos quem está sendo acusado”.

O livro

A obra ficcional analisa os contos e romances de Machado de Assis ao falar da legislação e das dores do período escravista. Além da análise da obra machadiana como instrumento crítico ao sistema da época, o livro promove muito mais do que um diálogo entre Direito e Literatura. As 220 páginas saem da esfera da crítica para um campo de contestação e buscam reposicionar o autor, sua obra e todos aqueles que não quiseram enxergar seu pertencimento e sua luta. Fonte: editora Lumen Juris

 

Fotos: Maicon Souza

28 de outubro de 2022

Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)