“Documentários” foi o tema do programa “Sextas na EMERJ – A palavra é” desta sexta-feira (11), que recebeu como convidado Pedro Murad, cineasta, diretor e roteirista de premiadas produções cinematográficas, filmes publicitários, documentários, vídeos institucionais, videoclipes e projetos audiovisuais diversos. Com passagem por mais de 70 festivais no Brasil e no exterior, Pedro trabalha com audiovisual há mais de uma década.
“O documentário compartilha uma escuta e ajuda a sociedade a se ouvir. Por ser um formato aberto e ter diferentes formas de ser realizado, faz com que a gente veja o mundo de forma diferente”, disse Pedro à diretora-geral da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), desembargadora Cristina Tereza Gaulia, doutora em Direito pela Universidade Veiga de Almeida (UVA), que conduziu a entrevista exibida via YouTube, com tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Influência
“Minha avó tinha uma coisa que me fascina desde criança: para tudo que ela queria explicar, ela contava uma história. Isso é da tradição árabe, usar histórias como exemplo. Eu achava aquilo lindo, me influenciou. Você começa a perceber como isso é poderoso”, contou o cineasta, que apesar de ter músicos na família, incluindo sua mãe, não seguiu o caminho.
Sala de aula
Pedro também é professor universitário e, indagado pela desembargadora Cristina Gaulia, falou sobre sua postura dentro da sala de aula: “Nunca entrei em uma sala de aula sabendo o que iria falar, sempre foi um lugar de improvisação. Todo meu processo criativo sempre foi assim, e como venho do teatro, tenho a percepção do que funciona ou não com a plateia, e com uma turma é a mesma coisa. A sala deveria um ser um local para reflexão naquele momento. Durante 16 anos dando aula, levei bastante do meu modus operandi dentro do processo criativo para as aulas”.
Trajetória
O diretor também falou sobre os caminhos que o levaram à sétima arte e a trabalhar com documentários: “Eu comecei com fotografia, na época do filme analógico, depois eu fui para o teatro, na parte da luz, e depois para a dramaturgia, onde fiquei por 12 anos. Fiz meu mestrado e doutorado, que foi sobre comédia. Toda a minha pesquisa foi feita para meu processo criativo. Depois de muitos anos, me reencontrei com a câmera e comecei a fazer filmes”.
Justiça Itinerante
Diretor e roteirista do premiado documentário “Justiça Itinerante” (2014), Pedro concluiu: “Acho muito importante que o magistrado tenha a visão do real como ambiente mágico, uma vez que cada pessoa tem a sua história e sua importância. Sei o quão difícil deve ser julgar, mas, se não for complicado, não tem porquê magistrar”.
O programa
O “Sextas na EMERJ” apresenta duas versões: o “Sextas na EMERJ – Diálogos” e o “Sextas na EMERJ – A palavra é”. O “Diálogos” é um programa de entrevistas que recebe autoridades da Justiça, com o objetivo de mostrar à sociedade como é o trabalho do Judiciário. Já o “A Palavra é” convida personalidades da sociedade civil para falar de temas previamente definidos e tem sempre uma palavra-chave.
Transmissão
Para assistir ao programa na íntegra, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=EdgV_XfupPk
Foto: Guilherme Metello
11 de novembro de 2022
Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)