O Fórum Permanente de Estudos Constitucionais, Administrativos e de Políticas Públicas Professor Miguel Lanzellotti Baldez e o Fórum Permanente de Direito, Arte e Cultura da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) realizaram, nesta segunda-feira (11), o encontro “Nós... mulheres do século passado”.
A reunião, promovida com apoio do Núcleo de Pesquisas em Políticas Públicas e Acesso à Justiça (NUPEPAJ), aconteceu presencialmente no Auditório Desembargador Paulo Roberto Leite Ventura, com transmissão via plataforma Zoom.
Abertura
A desembargadora Cristina Tereza Gaulia, presidente do Fórum Permanente de Estudos Constitucionais, Administrativos e de Políticas Públicas Professor Miguel Lanzellotti Baldez e doutora em Direito pela Universidade Veiga de Almeida (UVA), destacou em sua fala de abertura do evento: “É chegado o momento de passarmos do discurso para a prática. Então, não podemos mais só falar coisas, por mais bonitas e bem ditas que sejam, temos que partir para uma atividade que transforme de fato a sociedade. E a sociedade só se transforma a partir de exemplos. Então, onde aparecer esses exemplos, temos que usar as ideais e fazer germinar a igualdade e o antirracismo”.
“Esse Fórum tem a missão de trazer para o ambiente do Judiciário, esses outros saberes que nos afetam e que transformam também a nossa forma de pensar o mundo e de julgar. Sem dúvidas, o livro ‘Nós... mulheres do século passado’ estará nos nossos estudos durante muito tempo”, pontuou a desembargadora Andréa Pachá, presidente do o Fórum Permanente de Direito, Arte e Cultura e mestra em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fiocruz (ENSP/Fiocruz).
A ministra do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, doutora em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), afirmou: “As nossas narrativas não poderiam ser outras, a não ser a busca dessa almejada igualdade pela qual nós sempre lutamos e falar sobre ela implica em falar sobre desafiar o patriarcalismo que ainda hoje é prevalecente na sociedade brasileira, que forjou uma construção social de estigmatização em desfavor do gênero feminino”
A advogada e ex-presidente do Instituto dos Advogados do Brasil, Rita Cortez, especialista em Direito Público pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-Rio), ressaltou: “Neste mês de março temos, sim, que comemorar as nossas conquistas (...) demos muitos passos, conquistamos muitas coisas, mas ainda temos um caminho longo pela frente, principalmente, para dar efetividade a esses direitos”.
“Nós precisamos sair do discurso e ir para a prática. Eu vi um 8 de março (Dia Internacional da Mulher) totalmente esvaziado nas ruas. Mas temos que levar em conta o que tivemos no período anterior e a pandemia. Segundo a Fundação de Segurança Pública, em 2023 foram 1.463 mulheres mortas por feminicídio no Brasil. A lei é de 2015 e ainda temos números como esse. Nós ainda discutimos o racismo, quando a tal abolição foi lá em 1888”, finalizou a escritora Vilma Piedade, professora de Língua Portuguesa e Literatura e especialista em Ciências da Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Participações especiais
A atrizes Suzana Santana e Luiza Vianna também estiveram presente durante o evento.
Lançamento de livro
Ao final da reunião houve o lançamento do livro “Nós... mulheres do século passado”, idealizado pela escritora Vilma Piedade e organizado pelas desembargadoras Andréa Pachá e Cristina Tereza Gaulia.
Assista
Para assistir na íntegra, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=WPq_9eBiseM
Fotos: Maicon Souza
11 de março de 2024
Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)