A Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) realizará no dia 21 de julho, às 17h, a cerimônia do Prêmio EMERJ Mulheres do Ano, edição 2025, com a entrega do Troféu Romy às cinco vencedoras da comenda deste ano.
O evento ocorrerá no Auditório Desembargador Nelson Ribeiro Alves e terá transmissão ao vivo pelo Canal EMERJ no YouTube, com tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Confira a lista das premiadas
Receberão o Trófeu Romy: a 2ª vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), desembargadora Maria Angélica Guimarães Guerra Guedes; a desembargadora aposentada Myriam Medeiros da Fonseca Costa; a juíza federal e secretária-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Adriana Alves dos Santos Cruz; a deputada estadual Tia Ju (Juceleia Oliveira Freitas) e a atriz e apresentadora Cissa Guimarães.
Abertura
A cerimônia homenageia a advogada feminista Romy Medeiros, que dá nome ao troféu, e será presidida pelo diretor-geral da EMERJ, desembargador Cláudio Luís Braga dell’Orto.
Homenageadas
A 2ª vice-presidente do TJRJ, desembargadora Maria Angélica Guimarães Guerra Guedes
Nascida no Rio de Janeiro, em 24 de novembro de 1954, a desembargadora Maria Angélica Guimarães Guerra ingressou no TJRJ em junho de 1990 e, até novembro de 2009, ocupou o cargo de juíza da instituição, tendo atuado em Itaguaí, Regional da Capital, Nova Iguaçu, Mangaratiba, Nilópolis, e como juíza auxiliar da Corregedoria – NUR Baixada, da Corregedoria – NUR Capital e do IV Tribunal de Júri da Comarca da Capital. No ano de 2009, foi promovida a desembargadora pelos critérios de antiguidade e merecimento, ocupando a vaga da desembargadora aposentada Valéria Garcia da Silva Maron. Atualmente, é 2ª vice-presidente da instituição.
Em suas qualificações complementares, integrou a Comissão de Legislação e Normas, o Grupo de Trabalhos das Varas Criminais, a Comissão de Gestão Estratégica e Planejamento, e o Conselho da Magistratura, além de ter presidido a Comissão Judiciária de Articulação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
Com uma carreira marcada por homenagens, foi agraciada com as comendas: Medalha Pedro Ernesto, Medalha Tiradentes, Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) e Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ). E recebeu, por seus méritos, os títulos de Cidadã Honorária da Comarca de Nilópolis, Cidadã Honorária da Comarca de Itaguaí e Cidadã Honorária da Comarca de Mangaratiba.
Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito Estácio de Sá, a desembargadora Maria Angélica Guimarães Guerra ingressou na vida pública como defensora pública do estado do Rio de Janeiro entre os anos de 1986 e 1988 e também é formada em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A desembargadora aposentada Myriam Medeiros da Fonseca Costa
Filha de Romy Medeiros, a desembargadora aposentada Myriam Medeiros da Fonseca Costa despediu-se do TJRJ em junho de 2022, após três décadas de dedicação à magistratura fluminense.
Formada em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Myriam Medeiros da Fonseca Costa ingressou na magistratura estadual em 1992, onde atuou na primeira instância no 7º Juizado Especial Cível de Bangu, na Zona Oeste do Rio, e, posteriormente, na 25ª Vara Cível da Capital e em auxílio à 3ª Vice-Presidência.
Promovida a desembargadora em 2013, a magistrada ocupou a vaga deixada pelo desembargador Marcos Bento de Souza e compôs inicialmente a 25ª Câmara Cível e, posteriormente, a 4ª Câmara Cível.
A magistrada ainda participou de duas bancas examinadoras do Concurso da Magistratura de Carreira e compôs o Conselho da Magistratura.
Em 2011, foi agraciada com a medalha da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) e, ao se aposentar, recebeu a Medalha de Honra da Magistratura Fluminense.
A juíza federal e secretária-geral do CNJ, Adriana Alves dos Santos Cruz
Em sua trajetória, a juíza federal Adriana Cruz, atualmente secretária-geral do Conselho Nacional de Justiça, tem se destacado pela liderança na criação do Protocolo de Julgamento com Perspectiva Racial, iniciativa pioneira que visa combater o racismo estrutural no sistema judiciário brasileiro e promover decisões mais justas e inclusivas.
Adriana Cruz atua com dedicação para fortalecer a diversidade e a inclusão no Judiciário, defendendo políticas afirmativas que ampliem a representatividade de grupos historicamente sub-representados. Também é professora na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), onde criou a disciplina Direito e Relações Raciais, que contribui para a formação crítica e ética dos futuros operadores do Direito.
Sua experiência, marcada pela sensibilidade, compromisso e inovação, tem sido fundamental para a transformação do Judiciário brasileiro em uma instituição mais acessível, eficiente e comprometida com a justiça social.
A deputada estadual Tia Ju (Jucelia Oliveira Freitas)
Jucelia Oliveira Freitas, a Tia Ju, é pedagoga e pós-graduada em Direito da Infância e da Juventude pela Fundação Escola Superior do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (FEMPERJ), tendo sido eleita, em 2022, para o seu terceiro mandato de deputada estadual pelo partido Republicanos. Na atual legislatura, integra a Mesa Diretora da Alerj como 2ª vice-presidente, cargo que sucede suas funções de 3ª vice-presidente, em 2019, e de 2ª secretária, em 2022, na legislatura anterior.
Tia Ju já acumula 65 leis de sua autoria aprovadas pela Alerj até janeiro de 2023. Sua atuação parlamentar prioriza a defesa dos direitos de crianças e adolescentes, mulheres, negros, pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) e com deficiência. É presidente-fundadora da Frente Parlamentar em Defesa da Família, da Adoção e da Primeira Infância, cofundadora do Fórum Permanente de Diálogo com as Mulheres Negras e integrante do Comitê pela Prevenção de Homicídios de Adolescentes no Rio de Janeiro, em parceria com o UNICEF. Na União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (UNALE), foi eleita vice-presidente da região Sudeste na gestão de 2023.
A atriz e apresentadora Cissa Guimarães
Cissa Guimarães é atriz, apresentadora e locutora. Estreou no teatro em 1977, com a peça Dor de Amor, no Teatro Dulcina, no Rio de Janeiro. Nos anos seguintes, participou de outras produções teatrais, como Caixa de Cimento e Pelo Amor de Deus, Não Fala Assim Comigo!, consolidando sua presença nos palcos.
Na televisão, estreou na Rede Globo em 1980, no seriado Malu Mulher, e, logo depois, integrou o elenco da novela Coração Alado. Sua popularidade cresceu quando passou a apresentar o programa Vídeo Show, entre 1986 e 2001, com retornos esporádicos em 2008 e 2015. No comando da atração, ao lado de Miguel Falabella, ficou marcada pela narração ágil e descontraída e pelo bordão “a garota que quebra o coco, mas não arrebenta a sapucaia!”, conquistando o público com carisma e espontaneidade.
Como atriz, participou de diversas novelas e séries da emissora, como O Clone, América, Caminho das Índias, Salve Jorge, além das séries Toma Lá, Dá Cá e Casos e Acasos. Em 2015, foi uma das apresentadoras que substituíram Ana Maria Braga no Mais Você e, no mesmo ano, passou a integrar o time de apresentadores do programa matinal É de Casa, onde permaneceu até 2021.
Atualmente, Cissa Guimarães apresenta o programa Sem Censura, na TV Brasil, exibido de segunda a sexta-feira, das 16h às 18h. No ar há 40 anos, o programa é um clássico da televisão brasileira e retornou à grade da emissora com Cissa Guimarães como apresentadora.
História da Premiação
Romy Medeiros idealizou a premiação das “Mulheres do Ano” no ano de 1966, quando presidia o Conselho Nacional de Mulheres do Brasil (CNMB). À época, ela destacou a importância do prêmio: “Por mais que existam avanços, os direitos das mulheres ainda não estão plenamente iguais aos dos homens. A premiação é uma forma de colocar em evidência e homenagear as mulheres de valor.”
De acordo com Romy Medeiros, as indicações das Mulheres do Ano chegavam de todas as partes do Brasil, abrangendo todos os setores da sociedade: Justiça, Jornalismo, Política, Meios de Comunicação, Cultura, Educação, Artes, Economia, Literatura, entre muitos outros, podendo variar de ano a ano.
“A inclusão cada vez maior de mulheres ambientalistas nesta premiação mostra, por um lado, que meio ambiente é uma área na qual temos nos destacado e, por outro, aponta o reconhecimento da sociedade de que o tema é cada vez mais relevante para a ciência social”, apontou Romy Medeiros, durante o evento de entrega do prêmio de 1994.
Romy Medeiros e a EMERJ
Em 30 de junho de 2021, a EMERJ celebrou o centenário de nascimento da jurista e feminista Romy Medeiros. Como Romy fez por anos, mulheres que se destacaram receberiam a última edição do troféu Mulheres Brasileiras ainda existente, que seria entregue por ocasião dos 50 anos da premiação, o que não chegou a acontecer por conta do avanço da enfermidade de Romy Medeiros. Neste evento de 2021, foi lançado o Prêmio EMERJ Mulheres do Ano, atrelado à entrega do Troféu Romy, como parte do calendário anual de eventos oficiais da Escola, com sua primeira edição em 2022.
Troféu Romy
O projeto do Troféu Romy foi concebido pelo arquiteto e artista plástico Fábio Sotero, que ofereceu gratuitamente sua obra para a EMERJ, doando oficialmente os direitos autorais à Escola por tempo indeterminado, inspirado na vida de Romy Medeiros, com o desejo de contribuir de alguma forma com a histórica e célebre luta das mulheres brasileiras, em nome da causa feminista no país.
Inscrição
Para se inscrever, acesse: https://emerj.tjrj.jus.br/evento/8667
23 de junho de 2025
Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)