Pular para conteúdo
EMERJ

Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro

ícone da bandeira que traduz para o idioma Espanhol ícone da bandeira que traduz para o idioma Francês ícone da bandeira que traduz para o idioma Inglês ícone da bandeira que traduz para o idioma Português
Facebook da EMERJ Instagram da EMERJ X Twitter da EMERJ Youtube da EMERJ Flickr da EMERJ TikTok da EMERJ Spotify da EMERJ logo Threads  LinkedIn da EMERJ
Imagem da Fachada da EMERJ

Magistrados

Eventos

Cursos Abertos

Publicações

Portal do Aluno

Concursos EMERJ

EMERJ Virtual

Núcleos de Pesquisa

Fale Conosco

ES | FR | EN | BR
 
Fale Conosco
Facebook da EMERJ Instagram da EMERJ X Twitter da EMERJ YouTube da EMERJ Flickr da EMERJ TikTok da EMERJ Spotify da EMERJ logo Threads  LinkedIn da EMERJ

EMERJ realiza encontro "Produzindo Filmes Premiados", com presença de vencedor do Oscar

O Fórum Permanente de Direito Processual Penal e o Fórum Permanente de Direito, Arte e Cultura, ambos da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), promoveram nessa quinta-feira (27), o evento “Produzindo filmes premiados”.

A reunião aconteceu no Auditório Desembargador Roberto Leite Ventura, com transmissão via plataformas Zoom e YouTube, com tradução simultânea para Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Abertura

O vice-presidente do Conselho Consultivo da EMERJ, desembargador Cláudio Luís Braga Dell’Orto, mestre em Ciências Penais pela Universidade Candido Mendes, afirmou em sua fala de abertura: "Esse tema, aparentemente poderia se dizer que não está relacionado diretamente com o Direito, mas está, porque quando se discute a produção de uma obra de arte, estamos discutindo a vida e Direito é vida. A construção de uma sociedade justa, pluralista, igualitária e pacífica passa pelo debate, por exemplo, do ‘Nada de novo no front’. Temos a oportunidade de fazer essa aproximação entre o Direito e a Arte e isso é fundamental".

"Arte e Direito são saberes da mesma raíz, que é nossa raíz da humanidade e vivemos tempos de profunda desumanização. O Direito e a vida não dão conta das nossas angústias e muitas vezes é pela ficção, que começa com a produção e a escolha do que vamos assistir na tela, que somos convidados a nos confrontar com nosso espelho. A ficção tem esse espaço de potência", ressaltou a presidente do Fórum Permanente de Direito, Arte e Cultura, desembargadora Andréa Maciel Pachá, mestre em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O presidente do Fórum Permanente de Direito Processual Penal, desembargador Luis Gustavo Grandinetti Castanho de Carvalho, membro da Associação Tempos Modernos, pontuou: "Eu, como todos os brasileiros, fico pensando porque o Brasil nunca ganhou nenhum Nobel, mesmo tendo escritores e pensadores importantíssimos. Chegamos perto com César Lattes. O Chile, a Argentina, têm. Nós não. Também ficava pensando como nunca chegamos ao Oscar. Chegamos perto com a Fernanda Montenegro, em Central do Brasil. É pouco para nós, mas eu vi que o Brasil tinha alguém no Oscar 2023 e descobri o Daniel. Ele não pode continuar desconhecido no Brasil".

"O que o Brasil não tem é essa porta de entrada no exterior, e quem sabe o Daniel abra esse caminho", destacou o presidente do Instituto Cultural Tempos Modernos e cineasta, Silvio Tendler, diretor dos filmes: “O Mundo Mágico dos Trapalhões”, “Jango”, “Glauber, o Filme – Labirinto do Brasil”, “Utopia e Barbárie”, entre muitos outros.

Daniel Marc Dreifuss

O evento foi abrilhantado pela presença de Daniel Marc Dreifuss, produtor dos filmes: “Nada de Novo no Front”, vencedor de quatro estatuetas na 95ª cerimônia do Oscar 2023, e "No".

"Nada de Novo no Front" foi premiado nas categorias de melhor filme internacional, melhor direção de arte, melhor trilha sonora e melhor fotografia do Oscar 2023. O filme é a primeira adaptação em alemão do livro clássico antibélico do escritor alemão Erich Maria Remarque, e narra as experiências do soldado Paul Bäumer na Primeira Guerra Mundial, junto a outros combatentes com quem chega à frente do combate pelo oeste.

Natural da Escócia, Daniel veio morar em Belo Horizonte quando tinha apenas dois anos de idade. Ele cresceu divido entre a capital mineira e o Rio de Janeiro, até a adolescência. Há cerca de 20 anos mora em Los Angeles, onde concluiu um mestrado em produção no Instituto Americano de Cinema (American Film Institute).

"No meu início, comecei a pensar em que tipos de histórias eu poderia contar porque me interessam, são um reflexo de como eu vejo o mundo. Eu gosto de pesquisa, história, processos políticos, momentos de transição e relações indivíduo sociedade, os dois últimos que talvez tendam a ser a linha condutora dos meus filmes", explicou Daniel Marc Dreifuss.

O produtor também comentou sobre a greve dos atores e roteiristas de Hollywood, com pautas como o uso da Inteligência Artificial: "Hoje os atores e roteiristas estão novamente em greve. Ela é necessária e tinha que acontecer, porque estamos diante de questões, que para quem é do Direito acho interessante, como a Inteligência Artificial. Se você pede para o Chat GPT escrever um roteiro do estilo do Woody Allen, a quem pertence o roteiro? Os direitos são de quem? Do Chat GPT, de quem incomendou ou do roteirista que é a inspiração? A Inteligência Artificial consegue recriar o rosto e a voz de um ator e fazer 200 filmes. Estamos em momento de grandes questões sobre o que vai acontecer com a indústria".

Daniel Marc Dreifuss falou sobre as produções de “Blockbusters”, como o novo sucesso “Barbie”, que tem batido inúmeros recordes no cinema mundial.

"Eu acho Blcokbuster ótimo. O Blockbuster não precisa ser ruim. Existem grandes filmes Blockbuster. Eu não sei fazer e não é o que eu assisto, mas o Blockbuster para mim tem a função de criar o hábito de ir ao cinema e se perder na experiência coletiva. E a partir dessa experiência se cria o hábito e surge o interesse por outras coisas e ampliar o leque, criando uma pluralidade de narrativas e funções. Sem o Blockbuster a indústria não existiria, meus filmes não existiriam".

O produtor ainda revelou o desejo de produzir conteúdo no Brasil: "Adoraria realizar um projeto no Brasil. Já questionei publicamente essa insistência brasileira em projetos de público amplo e de comédia apenas. Espero que possamos abrir esse leque. Acredito que a audiência brasileira apoie e assista sim outros projetos. Se assiste séries e filmes feitos no mundo inteiro que não são desses grupos, porque não pode assistir uma série brasileira? Acredito que não se arrisque o suficiente nesse momento, por não crer na audiência brasileira".

Assista

Para assistir na íntegra, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=scNaAZ45yWc

 

Fotos: Maicon Souza

28 de julho de 2023

Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)