O Fórum Permanente de Direito, Arte e Cultura e o Fórum Permanente de Diálogos da Lei com o Inconsciente, ambos da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), realizarão no dia 22 de setembro, às 16h, o encontro “A era das incertezas e os limites éticos e jurídicos ao uso da Inteligência Artificial nas artes e na publicidade”.
A reunião acontecerá presencialmente no Auditório Desembargador Paulo Roberto Vieira Leite Ventura. Haverá transmissão via plataforma Zoom, com tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Participantes
Irão compor a mesa do evento: a presidente do Fórum Permanente de Direito, Arte e Cultura, desembargadora Andréa Pachá, mestra em Saúde Pública Fiocruz; a presidente do Fórum Permanente de Diálogos da Lei com o Inconsciente, desembargadora Cristina Tereza Gaulia, doutora em Direito pela Universidade Veiga de Almeida (UVA); o jornalista Eugênio Bucci, membro do Fórum Permanente de Diálogos do Judiciário com a Imprensa da EMERJ, professor titular da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) e doutor em Ciências da Comunicação; o publicitário Lula Vieira, colunista da Rádio Estadão e membro do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar); e a jornalista Rosiska Darcy, ocupante da cadeira 10 da Academia Brasileira de Letras (ABL), professora do doutorado de Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), ex-presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e doutora pela Université de Genève.
Lançamento de livro
O livro “Incerteza, um ensaio – como pensamos a ideia que nos desorienta 9e orienta o mundo digital)”, de autoria de Eugênio Bucci, será lançado no encontro.
O tema
“A inteligência artificial (IA) está cada vez mais presente em nossas vidas, com a proposta de fazer as mais diversas tarefas. Escrever um texto, responder uma pergunta, sugerir uma rota de trânsito ou melhorar a gestão de uma área são apenas alguns exemplos de como a IA já se tornou parte da nossa rotina. Mas como será que a IA está modificando como enxergamos e fazemos arte? (...) A IA tem tido um impacto significativo na criação de arte, tanto em termos de aceleração do processo criativo, quanto na mudança das noções tradicionais de autoria e autenticidade na arte. (...) Apesar dos benefícios da IA na criação de arte, existem desafios e preocupações significativas que precisam ser consideradas, como a padronização e questões de privacidade. É sempre importante lembrar que toda nova tecnologia ou inovação possui seus desafios e o outro lado da moeda; e a inteligência artificial não escapa dessa regra. Portanto, é importante entender quais são essas preocupações e entender como podemos sobrepô-las, fazendo o melhor uso dessa tecnologia”.
Fonte: Aela School
“À medida que o mundo continua a depender cada vez mais da inteligência artificial (IA), as implicações éticas dessa tecnologia tornam-se também mais preocupantes. A IA está sendo usada para reconhecimento facial, diagnóstico médico e até para prever o comportamento do ser humano. Embora o recurso possa oferecer conveniência e eficiência, muitas vezes acaba sendo usado sem a devida consideração pelas consequências, levantando questões de privacidade e liberdades civis.
Elaborado originalmente em inglês por uma plataforma de inteligência artificial, o parágrafo acima foi gerado a partir da seguinte definição: ‘Criar um texto crítico ao uso de inteligência artificial, o parágrafo acima foi gerado a partir da seguinte definição: ‘Criar um texto crítico ao uso de inteligência artificial para um veículo de imprensa’. O resultado foi mais extenso, passou por tradução e algumas pequenas edições, mas esse aperitivo dá uma ideia do que as máquinas são capazes de fazer quando bem programadas e com algoritmos afiados. (...)
Agora, porém, os resultados obtidos estão cada vez mais difíceis de ser diferenciados do real porque o ‘aprendizado de máquina’ está melhorando. Isso significa que esses programas e aplicativos funcionam aprendendo com o que está disponível na internet e com o retorno dos usuários. Sempre que uma pessoa pede à máquina que elabore uma imagem, ela vai consultar arquivos e bancos de dados abertos. O resultado quase sempre é uma grande mistura que recebe retoques para se adequar ao pedido original”.
Fonte: Veja
"Passaram 10 dias desde que o canal de YouTube da Volkswagen Brasil publicou o vídeo inserido numa campanha de celebração dos 70 anos da marca no país. Esta sexta-feira, 14 de julho, já tinha acumulado 23 milhões de visualizações e mais de 6 mil comentários com reações emotivas, entre o arrepio e o choro. Nele, a cantora brasileira Maria Rita aparece ao volante de uma carrinha ‘pão de forma’ elétrica a interpretar o tema eternizado pela mãe, ‘Como Nossos Pais’. Um pouco mais à frente, Elis Regina junta-se à filha ao volante de uma versão antiga do mesmo modelo da marca alemã.
Este “ressuscitar” através da Inteligência Artificial (IA) foi conseguido ao fim de mais de 2.400 horas de trabalho e recorrendo a uma dupla feminina cuja cara foi alterada para se parecer com Elis Regina através de um software de reconhecimento facial. A artista brasileira morreu em 1982, quando Maria Rita tinha 4 anos. Deixou mais dois filhos: João Marcelo Bôscoli, na altura com 11 anos, e Pedro Mariano, com 9. (...)
A par de todos os elogios, o anúncio está a levantar um debate ético sobre os limites da IA. O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) instaurou um processo para investigar o anúncio produzido pela agência AlmapBBDO, onde questionam ‘se é ético ou não o uso da Inteligência Artificial para trazer uma pessoa falecida de volta à vida’”.
Fonte: Observador
Inscrição
Poderão ser concedidas horas de atividade de capacitação pela Escola de Administração Judiciária aos serventuários que participarem do evento. Serão concedidas horas de estágio pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) para estudantes de Direito participantes do evento.
Para se inscrever, acesse: https://site.emerj.jus.br/evento/8370
04 de agosto de 2023
Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)