Pular para conteúdo
EMERJ

Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro

ícone da bandeira que traduz para o idioma Espanhol ícone da bandeira que traduz para o idioma Francês ícone da bandeira que traduz para o idioma Inglês ícone da bandeira que traduz para o idioma Português
Facebook da EMERJ Instagram da EMERJ X Twitter da EMERJ Youtube da EMERJ Flickr da EMERJ TikTok da EMERJ Spotify da EMERJ logo Threads  LinkedIn da EMERJ
Imagem da Fachada da EMERJ

Magistrados

Eventos

Cursos Abertos

Publicações

Portal do Aluno

Concursos EMERJ

EMERJ Virtual

Núcleos de Pesquisa

Fale Conosco

ES | FR | EN | BR
 
Fale Conosco
Facebook da EMERJ Instagram da EMERJ X Twitter da EMERJ YouTube da EMERJ Flickr da EMERJ TikTok da EMERJ Spotify da EMERJ logo Threads  LinkedIn da EMERJ

“IV Encontro de Integração dos Núcleos de Pesquisa do Observatório Bryant Garth” é promovido pela EMERJ

O Observatório de Pesquisas Bryant Garth, da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), realizou nesta quinta-feira (09) o “IV Encontro de Integração dos Núcleos de Pesquisa”.

O evento aconteceu presencialmente no Auditório Desembargador Paulo Roberto Leite Ventura e contou com representantes de todos os núcleos de pesquisa da Escola: Núcleo de Pesquisa em Ambiente e Moradia (NUPEAMIA); Núcleo de Pesquisa em Tecnologia da Informação e Poder Judiciário (NUPETEIJU); Núcleo de Pesquisa em Liberdades de Expressão, de Imprensa e Mídias Sociais (NUPELEIMS); Núcleo de Pesquisa em Direito Comparado (NUPEDICOM); Núcleo de Pesquisa em Gênero, Raça e Etnia (NUPEGRE); Núcleo de Pesquisa em Políticas Públicas e Acesso à Justiça (NUPEPAJ); Núcleo de Pesquisa em Processo Civil (NUPEPRO); Núcleo de Pesquisa em Bioética e Saúde Social (NUPEBIOS); e Núcleo de Pesquisa em Métodos Alternativos de Solução de Conflitos (NUPEMASC).

Abertura

A secretária-geral da EMERJ Gabriela Carneiro e a diretora do Departamento de Pós-Graduação em Direito Ana Cristina Willemann realizaram a abertura do encontro.

Apresentação dos Trabalhos

NUPETEIJU: o trabalho se debruçou sobre a concessão de medicamentos pelo Poder Judiciário, com análise das decisões do TJRJ no ano de 2022 que envolveram a saúde pública e saúde privada e uso da Jurimetria:  aplicação de modelos estatísticos na compreensão dos processos e fatos jurídicos; quais medicamentos? Quantificar; quais valores?; quantas decisões de 1º grau favoráveis? Fundamentos; e quantas decisões mantidas em 2º grau? Fundamentos. As próximas etapas da pesquisa serão: concluir a análise das decisões; quantificar os  totais; relacionar medicamentos e valores; apontar similitudes e discrepâncias - entre saúde púbica e saúde privada. A juíza Flávia de Almeida Viveiros de Castro, doutora em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e Leonardo Jacintho Teixeira, doutor em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), realizaram a apresentação;

NUPELEIMS: a pesquisa fez um levantamento sobre liberdade de expressão e discurso de ódio, nos acórdãos de todos os tribunais de justiça do país sobre os termos racismo e nazismo, utilizando a Lei nº. 7.716/1989 como referencial. O marco temporal foi o período de 2010 a 2021 e foram obtidos 153 processos como resultado final. Alguns estados não foram encontrados processos: Amazonas, Goiás, Maranhã, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins. O responsável pela exposição foi Fábio Carvalho Leite, doutor em Direito pela Uerj;

NUPEDICOM: o trabalho visa compreender como os tribunais brasileiros e europeus tratam a herança digital. Foram analisadas decisões dos tribunais superiores, estaduais e casos na Alemanha, Áustria e Itália. Foi feito o levantamento em projetos de lei que estão tramitando no Congresso Nacional que abordam o tema sobre herança digital. Karina Cristina Nunes Fritz, doutora em Direito pela Humboldt Universität de Berlim, acompanhada de três bolsistas do Núcleo, apresentaram os trabalhos;

NUPEMASC: a pesquisa fez um levantamento das mediações de conflitos familiares realizadas no CEJUSC do estado do Rio de Janeiro, mostrando uma evolução de participação e acordos entre os anos de 2022 e 2023. Mostrou que cerca de 16% das ações propostas em 2023 (até agosto) foram objeto de mediação. Sendo que deste total, cerca de 38% foram finalizadas com acordo entre as partes, colocando fim ao processo judicial. Realizaram a exposição Nilton César Flores, doutor em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e mais duas bolsistas do Núcleo;

NUPEAMIA: a pesquisa se dedica a mapear o enfrentamento da colisão de direitos fundamentais entre o direito à moradia e o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, aí considerado o direito do cidadão às áreas verdes, bem como o direito à vida digna, saneamento, tratamento de resíduos, e os serviços básicos que compõem o piso vital mínimo conforme previsto no Artigo 6º da Constituição Federal e no Estatuto da Cidade, por parte dos que ocupam essas áreas e diante da normativa existente. O diretor-geral da EMERJ, desembargador Marco Aurélio Bezerra de Melo, doutor em Direito pela Universidade Estácio de Sá, e Flávio Villela Ahmed, doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), proferiram a apresentação do Núcleo;

NUPEPAJ: a pesquisa procurou conhecer melhor a atuação do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) em presídios femininos quanto à tramitação de ações de Guarda, mais especificamente quanto à aplicação do instituto da Guarda Compartilhada no sistema penitenciário feminino, e os eventuais impactos desta prática na vida de mulheres encarceradas e seus filhos. A desembargadora Cristina Tereza Gaulia, em viagem a convite do Tribunal Constitucional de Angola (TCA), enviou um vídeo para a abertura da exposição do Núcleo. A responsável pela apresentação foi Rafaela Selem Moreira, doutora em Sociologia e Direito pela Universidade Federal Fluminense (UFF);

NUPEPRO: o trabalho realizou um levantamento quali/quantitativo de todas as informações institucionais disponíveis publicamente sobre os Núcleos de Cooperação do Brasil. 92 tribunais foram pesquisados. Foram mapeados os núcleos dos Tribunais de Justiça dos Estados (26 + DF), dos Tribunais Regionais Federais (6), dos Tribunais Regionais Eleitorais (26 + DF), dos Tribunais Regionais do Trabalho(24), dos Tribunais de Justiça Militar (3), bem como dos Tribunais Superiores (5). Também foi realizado um levantamento quali/quantitativo dos atos realizados pelo Núcleo de Cooperação Judiciária do TJRJ (NUCOOP/TJRJ). O produto de pesquisa é a elaboração de uma Cartilha para difundir a cooperação e fomentar o seu uso, ampliando o acesso à justiça e a desburocratização, que será lançada para divulgação em todo o território estadual e nacional e conterá, além de explicações para o público em geral sobre o funcionamento da cooperação, a lista atualizada de todos os núcleos de do Brasil e as formas para acessá-los. Izabel Saenger Nuñez, doutora em Antropologia pela UFF, promoveu a apresentação;

NUPEBIOS: a pesquisa busca compreender o percurso e a movimentação dos processos judiciais transitados em julgado no Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (de 2010 até 2020), referentes à criminalização de mulheres pela prática de aborto, desde o momento da denúncia até a sentença, com as finalidades de mapear o itinerário jurídico, o tratamento às mulheres rés e a transformação de suas demandas de saúde em questões jurídicas desde a perspectiva da bioética. A juíza Maria Aglaé Tedesco Vilardo, doutora em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGBios/UFRJ), e Vinícius Figueiredo Chaves, pós-doutor em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), acompanhados de duas bolsistas do Núcleo, realizaram a exposição;

NUPEGRE: a pesquisa se dedica ao seguinte objeto: criminalização da violência obstétrica. Foram feitos estudos de caso na literatura e levantamento da jurisprudência da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Ficaram a cargo da última apresentação a desembargadora Adriana Ramos de Mello, doutora em Direito Público e Filosofia Jurídico-política pela Universidade Autônoma de Barcelona, Lívia de Meira Lima Paiva, doutora em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e três bolsistas do Núcleo.

Observatório de Pesquisas Bryant Garth

O Observatório de Pesquisas Bryant Garth é um centro de pesquisas, análise e estudo para compreensão de realidades, fatos, fenômenos e relações sociais. O Observatório, inaugurado em 28 de agosto de 2019, recebeu o nome do jurista americano Bryant Garth, vice-reitor da University California-Irvine School of Law, que desenvolveu, na década de 1970, juntamente com o jurista italiano Mauro Cappelletti, o renomado Projeto Florença. O projeto, que envolveu 100 experts de 27 países, identificou, por meio de estudos empíricos, três ondas renovatórias de acesso à justiça.

Na solenidade de inauguração, que contou com a presença do professor Bryant Garth, o desembargador André Gustavo Corrêa de Andrade destacou o momento histórico trazido com a implementação do Observatório: “Pela primeira vez, uma escola da magistratura terá um centro de pesquisas empíricas. Fato de suma importância. Pretendemos fazer, neste observatório, ciência com o Direito, o que somente é possível a partir de dados e informações empíricas”.

O Observatório de Pesquisas Bryant Garth reúne os núcleos de pesquisa da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, que têm como objetivo desenvolver a investigação científica no âmbito de sua área de atuação, a fim de apresentar produtos técnico-científicos que sejam instrumentos de fortalecimento da efetividade na prestação jurisdicional.

 

Fotos: Maicon Souza

09 de novembro de 2023

Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)