Pular para conteúdo
EMERJ

Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro

ícone da bandeira que traduz para o idioma Espanhol ícone da bandeira que traduz para o idioma Francês ícone da bandeira que traduz para o idioma Inglês ícone da bandeira que traduz para o idioma Português
Facebook da EMERJ Instagram da EMERJ Youtube da EMERJ Flickr da EMERJ TikTok da EMERJ Spotify da EMERJ logo Threads  LinkedIn da EMERJ
Imagem da Fachada da EMERJ

Magistrados

Magistrados

Eventos

Eventos

Cursos Abertos

Cursos Abertos

Publicações

Publicações

Portal do Aluno

Portal do Aluno

Concursos EMERJ

Concursos EMERJ

EMERJ Virtual

EMERJ Virtual

Núcleos de Pesquisa

Núcleos de Pesquisa

Fale Conosco

Fale Conosco

ES | FR | EN | BR
 
Fale Conosco
Facebook da EMERJ Instagram da EMERJ YouTube da EMERJ Flickr da EMERJ TikTok da EMERJ Spotify da EMERJ logo Threads  LinkedIn da EMERJ

EMERJ realiza evento de apresentação de pesquisa do Núcleo de Pesquisa em Gênero, Raça e Etnia sobre violência obstétrica

Ícone que representa audiodescrição

O Núcleo de Pesquisa em Gênero, Raça e Etnia (NUPEGRE), do Observatório de Pesquisas Bryan Garth da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), promoveu nesta segunda-feira (13) o evento de apresentação da pesquisa “Se ficar gritando, vai ter filho sozinha: a violência obstétrica à luz do Direito brasileiro e do Sistema Interamericano de proteção de direitos humanos”. A pesquisa faz parte da sétima edição do relatório final de pesquisa do Núcleo.

O encontro aconteceu presencialmente no Auditório Desembargador Joaquim Antônio de Vizeu Penalva Santos. Houve transmissão via plataforma Zoom, com tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Palestras

A desembargadora Adriana Ramos de Mello, coordenadora do NUPEGRE, presidente do Fórum Permanente de Violência Doméstica, Familiar e de Gênero e doutora em Direito Público e Filosofia Jurídico-Política pela Universidade de Barcelona, pontuou: “Esse tema era mais focado no campo da saúde, mas hoje essa pesquisa tem o esse viés de trazer essa discussão para o Direito e para o Poder Judiciário. Eu fico muito feliz de ter essa oportunidade, porque essa pesquisa é bem densa e foi uma das mais difíceis que eu já fiz até hoje”.

Lívia de Meira Lima Paiva, coordenadora do NUPEGRE, professora do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e doutora em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), frisou: “Nós tentamos sistematizar todas as ‘medidas de não repetição’. Então, por exemplo, sobre o acesso a informação, no relatório nós detalhamos o que é o acesso a informação. Um dos casos é fazer uma cartilha para serem distribuídas dentro dos hospitais para que as mulheres saibam os seus direitos. Temos também medidas de capacitação, que significa a capacitação de membros do judiciário, de enfermeiros e médicos. Então, o acesso a informação é muito importante e ele depende de capacitação também”.

“Uma outra dimensão da análise dos processos judicias, são os danos e os danos que são indenizáveis e os que não foram indenizados. Entre os indenizáveis, nós achamos com mais frequência as sequelas neurológicas no recém-nascido, seguido do óbito do feto e a sequela neurológica periférica do recém-nascido e sequelas periféricas com posterior óbito. Então, essas são as principais consequências que estão presentes nas decisões indenizatórias”, afirmou Isadora Vianna Sento-Sé, pesquisadora do NUPEGRE e doutora em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Maria Helena Barros de Oliveira, colaboradora do NUPEGRE, coordenadora do Mestrado Profissional em Direitos Humanos, Justiça e Saúde em convênio entre a EMERJ e a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz) e doutora em Saúde Pública pela ENSP/Fiocruz, destacou: “O NUPEGRE fez uma das  pesquisas mais complexas e importantes, porque a hora do parto é o momento de celebração da vida e nós, infelizmente, a partir desse estudo falamos não desse momento tão grande de celebração, mas sim, da dor. Falar da dor significa tirar a invisibilidade que tem dentro desse tema que é a violência obstétrica e é sim o termo que nós temos que usar”.

Demais participantes

Também estiveram presentes durante o evento: a desembargadora aposentada Ivone Ferreira Caetano, diretora de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ); a assistente social Rosangela Pereira da Silva, colaboradora do NUPEGRE, especialista em Gênero e Direito pela EMERJ e mestranda em Direitos Humanos pela UFRJ; a advogada Beatriz Brito da Costa Honorato Santos, bolsista do NUPEGRE e pós-graduanda em Direito Público e Privado pela EMERJ; a advogada Letícia de Oliveira Machado, bolsista do NUPEGRE e pós-graduanda em Direito Público e Privado pela EMERJ; e a advogada Mariana Cerqueira Abbud, bolsista do NUPEGRE e pós-graduanda em Direito Público e Privado pela EMERJ.

Debatedoras

As debatedoras do evento foram: a advogada Leila Linhares Barsted, membra do Fórum Permanente de Violência Doméstica, Familiar e de Gênero e coordenadora executiva da ONG Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação (CEPIA); Cecília Sardenberg, pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM/UFBA) e professora de Antropologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA); e a enfermeira Fátima Cidade, conselheira do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim/RJ) e especialista em Direitos Humanos e Saúde pela ENSP/Fiocruz.

NUPEGRE

O NUPEGRE é um centro de investigação e de informação jurídica, recursos e iniciativas sobe os direitos das mulheres, questões de gênero, raça e grupos étnicos no Brasil. Foi criado em 2015, concomitantemente à criação da primeira Pós-Graduação em Gênero e Direito da EMERJ. Atualmente, o núcleo ampliou a sua participação com pessoas de diferentes universidades e centros de investigação nacional.        

O núcleo tem por meta pesquisar e analisar temas de direitos humanos que envolvam gênero, raça e etnia, a fim de auxiliar na construção de políticas públicas transformadoras, por meio da proposição de recomendações, com foco no sistema de justiça, em especial, o Poder Judiciário. O objetivo do grupo de pesquisa é, portanto, difundir práticas de proteção dos interesses dos grupos subalternizados e servir de ferramenta de transformação social dentro do sistema de justiça.

Observatório de Pesquisas Bryant Garth

O Observatório de Pesquisas Bryant Garth é um centro de pesquisas, análise e estudo para compreensão de realidades, fatos, fenômenos e relações sociais. O Observatório, inaugurado em 28 de agosto de 2019, recebeu o nome do jurista americano Bryant Garth, vice-reitor da University California-Irvine School of Law, que desenvolveu, na década de 1970, juntamente com o jurista italiano Mauro Cappelletti, o renomado Projeto Florença. O projeto, que envolveu 100 experts de 27 países, identificou, por meio de estudos empíricos, três ondas renovatórias de acesso à justiça.

Na solenidade de inauguração, que contou com a presença do professor Bryant Garth, o desembargador André Gustavo Corrêa de Andrade destacou o momento histórico trazido com a implementação do Observatório: “Pela primeira vez, uma escola da magistratura terá um centro de pesquisas empíricas. Fato de suma importância. Pretendemos fazer, neste observatório, ciência com o Direito, o que somente é possível a partir de dados e informações empíricas”.

O Observatório de Pesquisas Bryant Garth reúne os núcleos de pesquisa da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, que têm como objetivo desenvolver a investigação científica no âmbito de sua área de atuação, a fim de apresentar produtos técnico-científicos que sejam instrumentos de fortalecimento da efetividade na prestação jurisdicional.

Assista

Para assistir na íntegra, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=IHPeMMN13-U

 

Fotos: Jenifer Santos

13 de maio de 2024

Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)