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EMERJ promove reunião “A educação jurídica antirracista e o campo do Direito e relações étnico-raciais”

Ícone que representa audiodescrição

O Fórum Permanente de Pesquisas Acadêmicas – Interlocução do Direito e das Ciências Sociais da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) promoveu sua 15ª reunião, nesta quinta-feira (06), com o encontro “A educação jurídica antirracista e o campo do Direito e relações étnico-raciais: considerações para uma nova cultura de direitos no Brasil”

O evento aconteceu presencialmente no Auditório Desembargador Paulo Roberto Leite Ventura, com transmissão via plataforma Zoom e tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Abertura

O presidente do Fórum, desembargador Wagner Cinelli de Paula Freitas, destacou em sua fala de abertura da reunião: “Esse tema é extremamente importante. Nós, enquanto sociedade, estamos muito atrasados e precisamos sempre ter esse assunto na nossa pauta”.

Palestras

Vanessa Santos do Canto, doutora em Teoria do Estado e Direito Constitucional pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), expôs: “É importante que todos os pesquisadores articulem não só em níveis das instituições de ensino, mas também em níveis de outras instituições governamentais, que possibilitam ou que tenham uma certa abertura para discutir a importância do ensino jurídico em relação a uma perspectiva afrocentrada”.

Debates

A membra do Fórum, desembargadora Cristina Tereza Gaulia, doutora em Direito pela Universidade Veiga de Almeida (UVA), frisou: “Nós não podemos discutir a negritude, porque nós não conhecemos essas dores. Nós lemos muito, vamos em diversos lugares, vemos as pessoas chorando, assistimos documentários, mas eu não sou negra. Qual é o meu lugar para fazer essa reflexão crítica e tentar mudar? É o lugar da branquitude e é isso que a psicóloga e ativista Cida Bento fala. Nós temos que olhar do outro lado, o lado que nós estamos efetivamente, e destrinchar esse pacto da branquitude”.

“A Sociologia do Direito foi colocada no currículo das universidades em 1997 e até hoje, normalmente, quem leciona Sociologia Jurídica é alguém do Direito. A Antropologia do Direito foi inserida nos currículos em 2004 e só foi implementada muito depois, mas algumas universidades ainda não a têm como disciplina obrigatória. A luta da doutora Vanessa Santos do Canto também é a minha e nós ainda estamos engatinhando”, salientou a professora Bárbara Gomes Lupetti, doutora em Direito pela Universidade Gama Filho (UGF).

Assista

Para assistir na íntegra, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=eBPHiKzj3NM

 

Fotos: Jenifer Santos

06 de junho de 2024

Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)