Para comemorar o Dia Nacional do Jornalista, a Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) promoverá, no dia 7 de abril, às 18h, um encontro com profissionais para debater o tema “Dia Nacional do Jornalista: o jornalista é a pauta – Desafios da profissão no século XXI”.
Esse será o primeiro encontro da segunda temporada do “Diálogos com a imprensa”, uma série de eventos que reúne magistrados e jornalistas para debates em torno de temas de interesse público.
Coordenado pela diretora-geral da EMERJ, desembargadora Cristina Tereza Gaulia, doutora em Direito pela Universidade Veiga de Almeida (UVA), e pela juíza do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) Simone Dalila Nacif Lopes, mestra em Justiça e Saúde pela Fiocruz em parceria com a EMERJ, o encontro ocorrerá presencialmente no Auditório Desembargador Paulo Roberto Leite Ventura e terá transmissão vias plataformas Zoom e YouTube. Haverá tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Os convidados
Rubens Casara: juiz do TJRJ e doutor em Direito pela Universidade Estácio de Sá (UNESA). Tem experiência na área do Direito, com ênfase em Direito Processual Penal, atuando nos temas de processo penal, hermenêutica, Poder Judiciário e sociedade brasileira. É fundador do Movimento da Magistratura Fluminense pela Democracia (MMFD) e membro da Associação Juízes para a Democracia (AJD).
Nathércia Motta: jornalista há mais de 30 anos e assessora de comunicação externa da EMERJ, trabalhou em rádios e nas principais emissoras de TV do país. Foi repórter, editora, roteirista e editora-chefe em veículos como TV Brasil, TVE, Record, SBT, Multirio e TV Globo. Foi premiada duas vezes pelo Congresso Brasileiro dos Assessores de Comunicação dos Tribunais de Justiça na categoria mídia impressa. Como repórter e redatora da Revista Magistratus (EMERJ), em 2018, ficou em 2º lugar no Prêmio XVI Cobrascom e na edição seguinte, em 2019, em 1º lugar. Em 2020, recebeu a Medalha EMERJ, entregue àqueles que contribuíram para a excelência da Escola.
Luis Nassif: jornalista e editor do Jornal GGN (Grupo Gente Nova). Iniciou a carreira de jornalista profissional no início da década de 1970. Foi colunista e membro do conselho editorial da Folha de São Paulo. Em abril de 2013, lançou o piloto do jornal eletrônico GGN, um projeto jornalístico cujo propósito era aprofundar temas relevantes pouco abordados pela mídia convencional, tais como gestão, inovação, direitos sociais, justiça de transição. No mesmo ano, fechou uma parceria de conteúdo do Jornal GGN com o iG, que por cinco anos hospedou o seu blog. O Jornal GGN tornou-se um portal independente, dedicado ao conteúdo crítico a partir de notícias ligadas à cidadania, à política, à economia, à cultura e ao desenvolvimento, com a participação efetiva de especialistas nos conteúdos.
Vera Araújo: jornalista há 34 anos, trabalhou no Jornal do Brasil, O Dia e está no Globo há 22 anos, atuando na área de jornalismo investigativo. Em 2012, venceu o Troféu Mulher Imprensa, na categoria repórter de jornal. Em 2009, recebeu o Prêmio Esso de Jornalismo Sudeste, com o trabalho em equipe na série "Democracia nas Favelas", e o Prêmio Especial Tim Lopes de Jornalismo Investigativo por uma matéria feita quatro anos antes, que revelou a existência de grupos paramilitares. No ano seguinte, ganhou outro Prêmio Tim Lopes na categoria mídia impressa, com a série de reportagens "Exército de laranjas sob suspeita", sobre fraudes no Instituto Militar de Engenharia (IME).
Philip Hideki: foi repórter e produtor na TV Manchete de 1988 a 1996; repórter da TV Serra Mar, afiliada da Globo em Petrópolis, em 1997; assessor de imprensa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Salgado de Oliveira (Universo) entre 1998 e 1999; e produtor e editor da TV Globo desde 2004. Atualmente, é editor responsável do Globo Comunidade e do Brasil TV.
Desafios do jornalismo
Desde o princípio, o jornalista tem o papel de investigar, coletar, analisar e transmitir para a sociedade, em qualquer plataforma, a informação precisa, confiável. Com o crescimento exponencial das redes sociais e o surgimento da pandemia, o jornalismo se viu no desafio de combater as notícias falsas e suas consequências.
De acordo com a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), os casos de violência contra a categoria, em 2021, superaram os números do ano anterior, que haviam sido apontados como recorde na série histórica das pesquisas, iniciadas na década de 1990.
Segundo o relatório da FENAJ, em 2021 foram registrados 140 casos de censura (+32,56%); 131 casos de descredibilização da imprensa (+30,46%); 58 casos de agressões verbais e ataques virtuais (+13,49%); 33 casos de ameaças e intimidações (+7,67%); 26 casos de agressões físicas (+6,05%); 15 casos de cerceamentos à liberdade de imprensa por meio de ações judiciais (+3,49%); 8 casos de violência contra a organização dos trabalhadores/sindical (+1,86%); 7 casos de impedimentos ao exercício profissional (+1,63%); 4 casos de ataques cibernéticos (+0,93%); 4 casos de atentados (+0,93%); 1 caso de assassinato (+0,23%); e 1 caso de injúria/racismo (+0,23%).
Para mais informações, acesse: https://fenaj.org.br/ataques-a-jornalistas-e-ao-jornalismo-mantem-patamar-elevado-e-somam-430-casos-em-2021/
Inscrição
Serão concedidas horas de estágio pela OAB/RJ para estudantes de Direito que participarem do encontro. Para se inscrever, acesse: https://emerj.com.br/site/evento/8119.
29 de março de 2022
Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)