Há 25 anos, em 1997, morria o intelectual, ativista dos direitos humanos e sociólogo Herbert José de Souza, popularmente conhecido como Betinho, fundador da “Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida” e do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE). Sua morte foi consequência de uma hepatite do tipo C, contraída em transfusão de sangue. Betinho era hemofílico e HIV positivo.
Até o final de agosto, o projeto “Rede Solidária EMERJ” receberá cestas básicas e gêneros alimentícios em apoio à “Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida”. Magistrados, servidores, advogados, professores, alunos, colaboradores e qualquer pessoa que queira ajudar podem entregar os donativos no posto de coleta que está localizado no andar térreo do edifício sede da EMERJ, na rua Dom Manuel, nº 25, Centro do Rio de Janeiro.
Ação da Cidadania
Fundada em 1993 pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, a “Ação da Cidadania” formou uma rede de mobilização de alcance nacional para ajudar brasileiros que estavam abaixo da linha da pobreza. Criada no auge do Movimento pela Ética na Política, a “Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida” se transformou no movimento social mais reconhecido do Brasil. Seu principal eixo de atuação é uma extensa rede de mobilização formada por comitês locais da sociedade civil organizada, em sua maioria compostos por lideranças comunitárias, mas com participação de todos os setores sociais.
Betinho e a luta contra a fome
Nascido em Minas Gerais e formado em Sociologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Betinho foi um exemplo de solidariedade e de luta pela transformação social, um dos maiores símbolos de cidadania do país. Em 1990, quando o sociólogo cunhou a frase “Quem tem fome tem pressa”, o Brasil tinha um contingente de 32 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza.
Na apresentação de uma das primeiras campanhas contra a fome no Brasil, Betinho afirmou: “Temos 32 milhões de pessoas com fome. A fome não espera, ela não pode aguardar dez anos para ser resolvida. As pessoas precisam de comida, já. Mas além disso, elas precisam trabalhar e viver. Deve ter empregos que paguem salários, mesmo que seja o mínimo, para que em troca elas possam comer, dormir, vestir e educar”.
Segundo dados do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, divulgados pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede Penssan), o número de pessoas que passam fome subiu para 33,1 milhões.
Rede Solidária EMERJ
O projeto é uma iniciativa da gestão da diretora-geral da EMERJ, Cristina Tereza Gaulia. Desde abril de 2021, por meio de arrecadação dos mais diversos donativos, como alimentos, cobertores, produtos de higiene, fraldas infantis e geriátricas, a ação já ajudou pessoas em vulnerabilidade pessoal e social de diversas localidades do Rio de Janeiro. Além da distribuição direta aos cidadãos moradores de rua, também foram entregues doações para entidades e projetos como “Juntando Cacos com Arte (JUCÁ)”, “Só Vamos”, “Casa Geriátrica São Mateus”, “Projeto Menino Benjamin Filho”, “#FluxodaDignidade” e “SOS Petrópolis”, entre outros. No mês de junho, a campanha arrecadou 452 cobertores, que foram distribuídos para os moradores das ruas do entorno da EMERJ, para o programa Justiça Itinerante, para o projeto "JUCÁ" e para as detentas do sistema prisional feminino do estado do Rio de Janeiro.
Para mais informações, entre em contato com o Departamento de Comunicação Institucional - DECOM/EMERJ pelo e-mail: emerj.decom@tjrj.jus.br.
9 de agosto de 2022
Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)